sábado, 26 de julho de 2008

Paraplegia, tetraplegia...



Quantas vezes você já ouviu falar que fulano sofreu um acidente e ficou tetraplégico ou paraplégico? Isso ocorre quando a pessoa sofre uma lesão na medula espinhal, e pode ser
tetraplegia ou paraplegia dependendo do local lesado.O que é muito triste: ocorre mais em
adultos jovens, ou seja, pessoas entre 20 e 30 anos... E as principais causas são
acidentes automobilísticos, mergulhos em água rasa. Por isso é tão importante que o
paciente consiga realizar suas atividades mesmo tendo sofrido a lesão.Mas falando da reabilitação em si: como a fisioterapia ajuda nesses casos? O principal objetivo é ganhar independência! O paciente deve se adaptar a nova situação, e a fisioterapia vai ajudar nessa fase. Até mesmo os tetraplégicos, que só conseguem realizar movimentos do pescoço pra cima podem adquirir certa
independência, tendo um bom controle de cabeça, que vai ajudar o cuidador na hora de vestir o paciente, de alimentá-lo... Já o paciente paraplégico vai aprender a se locomover com a cadeira, a sair da cadeira, a se vestir, se alimentar, e porque não, dirigir um carro adaptado? Mas para conseguir realizar tudo isso, requer muito esforço e dedicação, tanto do paciente, quanto do terapeuta. A fisioterapia pode atuar logo no início, quando o paciente ainda está hospitalizado. O terapeuta ensina exercícios respiratórios e faz mobilização de todas as articulações, alongando, movendo todo o corpo e também posicionando o paciente no leito, para que não venha a apresentar deformidades. Tudo muito importante para que o paciente passe para uma segunda fase mantendo as articulações saudáveis, mantendo uma boa respiração, já que o paciente pode ter dficuldade em expandir a caixa torácica e prevenindo deformidades. Em uma segunda fase, o objetivo é ganhar todo o movimento possível, trabalhando tudo que o paciente consegue movimentar, e trabalhando a INDEPENDÊNCIA, ensinando como sair da cadeira, como locomover-se, alimentar-se, cuidar da higiene pessoal, não esquecendo da respiração, que é de grande importância! Uma terceira fase é de manutenção, ou seja, muito alongamento, mobilizações, colocar o paciente em pé, para dar vivência dessa postura (isso é chamado de ortostatismo). A ressocialização também é muito importante, já que o paciente pode ter uma "vida normal" mesmo após a lesão. E é o que ocorre com muitas pessoas que conseguem superar todas as limitações e ganhar sua independência, para trabalhar, sair com amigos, viajar. Tudo isso é possível!

Nenhum comentário: